Labirintite - VPPB

                A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é a vertigem mais freqüente devido a uma disfunção vestibular periférica e é caracterizada por episódios de vertigens desencadeados por movimentos da cabeça ou mudanças posturais.
                A disfunção ocorre em todas as idades, embora seja mais comum na população mais velha. A incidência é maior nas mulheres devido às grandes variações hormonais e distúrbios metabólicos.
                As crises podem ocorrer espontaneamente e as remissões espontâneas também são comuns podendo ser resolvidas em dias ou semanas. Os períodos de crise e remissão            podem variar dependendo do grau de acometimento. Sintomas como nistagmo, náuseas, vômitos, fotofobia e sudorese podem vir associado à vertigem. Fatores como movimentação de cabeça ou mudanças posturais, alimentação, fotofobia podem limitar as pessoas em suas atividades de vida diárias (AVDs), pois as pessoas teriam medo de realizar algumas atividades que poderiam desencadear a crise (perda da qualidade de vida).
                O diagnóstico é clínico baseado na sintomatologia e história do paciente. O exame físico é muito importante para confirmar o diagnóstico. O exame físico é composto por avaliação postural, teste oculomotor, teste de sensibilidade, coordenação motora, equilíbrio, força muscular e propriocepção, disfunções de crânio e cervical também são avaliados.
                Existem 2 tipo de VPPB: canalitíase e cupulolitíase

·         Canalitiase: é quando os carbonatos de cálcio (pedrinhas ou areias) que se localizam nos órgãos otolíticos (utrículo e sáculo) saem do lugar e vão para os canais semi circulares, flutuando pelo liquido existente dentro deles. Devido aos cristais de carbonato de cálcio a gravidade influencia a movimentação desse liquido dentro dos canais semi circulares aumentando o estimulo na cúpula (região sensorial) provocando a crise.

·         Cupulolitíase: os cristais de carbonato de cálcio se aderem a cúpula ficando sensíveis a força gravidade, provocando a crise.

                O tipo de VPPB e qual canal esta envolvido é identificado por testes clínicos específicos como o Dix – Hallpike, Brandt – Daroff e Teste de Girar, em que é observado o nistagmo.
                O tipo e sucesso do tratamento depende do tipo e canal semi circular envolvido. Existem 3 tipos de tratamentos específicos para VPPB: Reposição Canalítica de Epley (canalitiase); Manobra liberatória de Semont (cupulolitíase) e exercício de habituação de Brandt – Daroff.
                O tratamento possui uma grande eficácia, podendo ter a resolução dos sintomas em poucas sessões.

Imagem Ilustrativa: http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/anatomia-da-orelha.jpg

2 comentários:

  1. fazer hidroterapia pode prejudicar uma pessoa que tem crises de labirintite?

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  2. Bom dia, existem exercicios de reabilitação vestibular no tratamento de labirintite dentro da água. Portanto a hidroterapia nao prejudica. O que pode acontecer é que você pode ter os sintomas de tontura por causa do balanço da água. Mas isso faz com que se corpo se adapte mais rápido aos sintomas. De uma certa forma já esta tratando.

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