A postura de uma pessoa é organizada a partir das informações recebidas pelo cérebro de algumas regiões do corpo.
O corpo recebe informações dos pés (captores podais), dos olhos (captor ocular), da boca – Articulação Temporo Mandibular – ATM (captor oclusal), da coluna por meio de sensores articulares e musculares e dos centros labirínticos.
Uma alteração no pé pode mudar a pisada, sobrecarregando alguma região do pé, levando compensações em outras regiões do corpo. Exemplo: um pé chato (pé plano) faz com que a perna fique curta (conhecida como falsa perna curta). Isso acontece porque o pé desabado tem uma altura menor que o pé normal, ou o pé cavo (com o arco do pé maior). Isso faz com que o corpo compense esse desequilíbrio, tentando aumentar o tamanho da perna fazendo com que o osso do quadril rode para frente (ilíaco anterior). Conseqüentemente essa compensação poderá gerar outras compensações a nível de coluna. Se as compensações não forem bem adaptadas, poderá gerar dores na região. Neste exemplo a pessoa pode ter dor lombar como causa principal o pé. Adiantaria tratar a região lombar sem mexer no pé?
Alterações oculares e oclusais poderão gerar aumento do tônus (contração) muscular da região de pescoço e conseqüentemente de toda a coluna. Exemplo: se os olhos não possuem um bom movimento (músculos oculomotores fracos) e não acompanham o alvo, o pescoço fará o movimento para acompanhar e manter o alvo no campo de visão. Isto mudaria toda a biomecânica (movimento) da região de pescoço e proximidades. Até a região lombar pode ser influenciada por alterações oculares e também oclusais.
Os sistemas musculares e articulares informam a posição do corpo no espaço. E o labirinto esta relacionado ao equilíbrio.
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